sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Visita Vale Fertilizantes

No dia 15 de Outubro de 2015, fomos visitar a Vale Fertilizantes em Uberaba (Figura 1) para conhecer sobre o processo de produção dos fertilizantes fosfatados.


Os adubos fosfatados são originados de rochas fosfáticas, sendo que 85% vem das rochas sedimentares e 15% vem das rochas ígneas. Grande parte da matéria-prima adquirida no Brasil é importada de outros países (Figura 2).


No complexo de Uberaba são produzidos os seguintes fertilizantes: ácido sulfúrico, ácido fosfórico,
ácido fluossílicico, MAP, superfosfato tripo e superfosfato simples. 


A Vale não trabalha direto com o produtor, mas sim fornece material para as misturadoras como a Adubos Paranaíba para que estas empresas formulem o fertilizante. Mas as garantias dos fertilizantes quem trabalha é a Vale e eles ressaltaram que são exigentes com o controle de qualidade. 
O complexo de Uberaba é enorme e possui a maior capacidade de produção da América Latina.


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Visita Adubos Paranaíba

No dia 06 de Outubro de 2015, foi feita uma visita a empresa Adubos Paranaíba. Nesta postagem será relatado um pouco da visita.


Atualmente, devido à crise econômica, a produção de fertilizantes da empresa Adubos Paranaíba está abaixo do esperado com relação aos anos anteriores. Isso está ocorrendo devido a alta do dólar que reflete diretamente no preço das matérias-primas. Observamos que a empresa possui uma capacidade de armazenamento de 3.000 toneladas, porém o local que é armazenado estava completamente vazio, e isso podemos observar nas imagens abaixo:


Enchendo o local de armazenamento.

Enchendo o local de armazenamento.

Dentro do local de armazenamento. Altura de 9 metros.
A empresa possui aproximadamente 400 fórmulas de NPK registradas no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) e eles não produzem a fórmula que o produtor desejar, relataram que costumam convence-ló à comprar uma que já está registrada, pois o processo de registro é longo e dispendioso. A empresa não usa enchimento ou carga para fechar fórmulas, pois acreditam que um fertilizante sem carga apresenta melhor qualidade.

Há também laboratórios, em que realizam análises dos fertilizantes produzidos, para que os mesmos estejam dentro das exigências das leis. São realizadas análises físicas e químicas dos fertilizantes.

As matérias-primas utilizadas são diversas, como: nitrato de amônio, sulfato de amônio, cloreto de potássio, entre outras. Eles armazenam a matéria-prima em um barracão com divisórias e identificação. Com relação as condições de segurança, contam com uma empresa terceirizada, há brigada de incêndio e equipe responsável pelo mesmo.

As etapas de produção constam em: a partir de uma fórmula separar a matéria-prima; montam uma lista de atividade que é direcionada ao controlador; as matérias-primas são encaminhadas as misturadoras que vão elaborar a fórmula desejada. Os polímeros são misturas aditivas com corantes para indicar que foi tratado.

Eu gostaria de agradecer à atenção do Domingos, que nos acompanhou e se mostrou disposto a ajudar sempre que preciso. A visita foi maravilhosa e o conhecimento adquirido é imensurável!! 





sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Fertilizantes de Liberação Controlada

Os fertilizantes de liberação controlada, como o próprio termo sugere, tende a liberar os nutrientes às plantas de acordo com a necessidade das mesmas. Um grânulo deve recobrir um fertilizante solúvel em água com um material insolúvel em água. Deste modo, haverá um controle da entrada e da saída de água e portanto da dissolução do nutriente dentro da cápsula, sincronizando a liberação do nutriente às plantas (Figura 1).

Esses fertilizantes incluem compostos solúveis no seu interior (NPK e alguns micronutrientes), envolvidos por uma membrana semipermeável que, por efeito da temperatura, dilata e contrai, controlando a liberação gradual e osmótica de nutrientes ao substrato (BENNETT, 1996), mantendo constantes os níveis dos elementos essenciais para as mudas durante todo o período de crescimento (JOSÉ et al., 2009).

Figura 1: Modo de ação dos fertilizantes de liberação controlada. 

Figura 2: Esquema de grânulo

A utilização de adubos de liberação lenta reduz problemas de excesso de solubilidade, perdas por lixiviação de nutrientes (BARBIZAN et al., 2002) e a mortalidade de plantas por choque de plantio (LANG, 2008). Com o uso destes fertilizantes, a eficiência de utilização dos nutrientes pelas plantas aumenta. Outra vantagem é a diminuição dos riscos ao meio ambiente. A principal desvantagem no uso desta tecnologia esta no custo, mas o uso destes fertilizantes em culturas de alto valor, torna-se rentável.




Referências:

BARBIZAN, E. L.; LANA, R. M. Q.; MENDONÇA, F. C.; MELO, B.; SANTOS, C. M.; MENDES, A. F. Produção de mudas de cafeeiro em tubetes associada a diferentes formas de aplicação de fertilizantes. Ciência Agrotécnica, Lavras edição Especial, p. 1471 - 1480, dezembro, 2002.

BENNETT, E. Slow-release fertilizers. Virginia Gardener Newsletter, Blacksburg, v. 11, n. 4., 1996. Disponível em: . Acesso em: 27/04/2009.

JOSÉ, A. C.; DAVIDE, A. C.; OLIVEIRA, S. L. Efeito do volume do tubete, tipo e dosagem de adubo na produção de mudas de aroeira (Schinus terebinthifolia Raddi). Agrarian, v. 2, n. 3, p.73 - 86, 2009.

LANG, A. Efeitos da aplicação de fertilizante de liberação lenta no estabelecimento de mudas de ipê-roxo e angico-branco em área de domínio ciliar. 1998. 70 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon, PR, 2008. 

sábado, 5 de setembro de 2015

Identificação de Fertilizantes

Quando vamos em um depósito de fertilizantes, é importante identificar quais as características e propriedades dos mesmos. Alguns aspectos que podem ser analisados são: a dureza dos grânulos, se apresentam empedramento e saber se é um fertilizante binário, terciário, entre outros. Mas não limitamos somente nestas propriedades, há muitas outras físicas, químicas e físico-químicas. No site Yara há mais explicações.

Fizemos na prática a identificação dos fertilizantes no depósito do Instituto Federal do Triângulo Mineiro - Campus Uberlândia (IFTM) e foram coletados os seguintes dados:

a-) fertilizante ternário: fórmula - 20-05-20 (NPK)
b-) fertilizante binário: MAP (N 11%, P2O5 60%)
c-) um mononutriente: Ureia (46-00-00)
d-) fertilizante mineral sintético: Ureia
e-) fertilizante com macronutriente: fórmula- 20-05-20 (NPK)
f-) fertilizante organomineral: fórmula- 14-03-19
g-) fertilizante na forma de mistura de grânulos: NPK fórmula - 20-05-20
h-) fertilizante de natureza física granulada: fórmula- 14-03-19
i-) fertilizante da natureza física em pó: MAP (N 11%, P2O5 60%)
j-) número de registro do fertilizante no MAPA: MG 05049-10189-8

Foram levantadas outras informações:

I-) Dureza dos seguintes grânulos: Ureia e KCl: muito duro; MAP - duro; Organomineral - mediamente duro.

II-) Observou que a ureia apresentava empedramento, isso pode ter ocorrido devido ao fato de que sua embalagem estava com aberturas.

III-) Por meio do levantamento dos fertilizantes presentes no barracão, o que apresenta maior fluidez é o cloreto de potássio (KCl).

IV-) Observou-se também que, as embalagens do cloreto de potássio difere da ureia, devido a higroscopicidade, ou seja capacidade de absorver água da atmosfera, sendo a da ureia de plástico e a do cloreto de potássio de náilon.

domingo, 23 de agosto de 2015

Amostragem de Fertilizantes para Caracterização

O capítulo cinco da Lei Ordinária nº 6894/1980, de 16 de Dezembro de 1980, decreto nº 4954/2000 (Lei), nos informa sobre como proceder com relação à a amostragem de fertilizantes. Então vamos detalhar sobre esse procedimento.

A análise de fertilizantes serve para avaliar a qualidade dos fertilizantes e corretivos utilizados pelo agricultor. Lembrando que, para cada tipo de embalagem, tem-se uma recomendação para a realização da amostragem. A empresa Fertilizantes Heringer demonstra de modo simplificado como fazer a amostragem para embalagens de 10 a 60 kg.

Equipamentos:

           a-) Sonda para amostragem de fertilizantes sólidos:


            b-) Quarteador de amostras:



Procedimento para embalagens de 10 a 60 kg:

  • Verificar a quantidade de embalagens que compõem o lote;
Tabela 1: Quantidade de embalagens à amostrar:
TAMANHO DO LOTE OU PARTIDA
(número de embalagens)
NÚMERO MÍNIMO DE EMBALAGENS A SEREM AMOSTRADAS
Até 20
5
21 a 50
7
51 a 100
10
superior a 100 até 1.000
10 + 0,50% da totalidade

  • Escolher e separar a quantidade de sacos a amostrar aleatoriamente, para que a amostra seja representativa do lote, aproveitando para misturar o conteúdo;
  • Inserir completamente a sonda oficial fechada na diagonal, abrindo-a dentro do saco para que o produto caia pelos furos até enchê-la e em seguida, fechá-la e retirá-la;

  • As porções de amostra coletadas deverão ser colocadas em recipiente limpo e seco. Fechar o recipiente e anotar todos os dados constantes na etiqueta do produto, o nome do cliente e a data da amostragem para posterior encaminhamento ao laboratório.


Ressaltando mais uma vez que, para cada tipo de embalagem, tem-se uma metodologia para realização da amostragem e todas estão especificadas na Lei dos Fertilizantes já citada acima.


Referências:

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Desafios da Indústria Brasileira de Fertilizantes



Os solos brasileiros são em sua maioria pobres em nutrientes minerais, cuja função é permitir o desenvolvimento das culturas. Sem os minerais, ou a falta de apenas um nutriente é capaz de impedir a conclusão do ciclo de vida das plantas. A deficiência ou a alta dosagem de algum nutriente faz com que as plantas manifestem sintomas que limitam seu crescimento e desenvolvimento, podendo levá-las à morte e consequentemente diminuir a produtividade, trazendo grandes prejuízos ao produtor.

Os fertilizantes são insumos agrícolas de grande importância para a produção de alimentos. A função desse insumo é liberar às plantas os nutrientes que elas necessitam para concluir seu ciclo de vida. A adubação do solo é realizada quando o mesmo não possui os teores necessários para as plantas, portanto a adubação é uma forma de complementar os nutrientes que já estão no solo ou que não apresentam.

Desde o final da Segunda Guerra Mundial, a agricultura se desenvolveu e continua se desenvolvendo para suprir a necessidade mundial de alimentos. O Brasil é um dos grandes responsáveis para suprir tal demanda, isso ocorre porque o Brasil é um dos países com maiores extensões de terras agricultáveis no planeta. Mas para que as plantas possam ter um desenvolvimento adequado é preciso fazer adubação do solo.

O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes no mundo, porém não é um considerável produtor de fertilizantes, sendo então, um mercado principalmente importador. Em 2007, o Brasil importou cerca de 170 milhões de toneladas de NPK.

O principal desafio encontrado pelas empresas de fertilizantes está na maior demanda que oferta, pois nutrientes como fósforo e potássio são bastante limitados o que encarece o custo de produção de tais nutrientes. Mas a indústria vem investindo em aumento da capacidade de produção de fertilizantes, pois a demanda por alimentos tende à aumentar nos próximos anos e plantas bem nutridas tende a ter alta produção.